Mesmo em frente a Lisboa na margem esquerda do Tejo, uma quantidade de baías alojam diversas povoações ribeirinhas ligadas entre si por estradas e caminhos por onde, sem grande dificuldade, se podem imaginar passeios de bicicleta.
É uma paisagem extremamente humanizada, cheia de vestígios do passado e de quando o rio Tejo era a grande “estrada” de ligação entre a capital e a porta de acesso ao sul, ao Alentejo.
É uma zona desde há muito industrializada desde os moinhos de cereais que funcionavam com as marés, às salinas, dos estaleiros de construção e reparação naval, a secas de bacalhau, passando por antigas fábricas de vidro e lanifícios, indústrias siderúrgicas e químicas e instalações navais militares.
Enquanto a maior parte dessas actividades industriais cessava por razões económicas ou outras, as povoações ribeirinhas tornavam-se dormitórios da grande cidade capital ali em frente. Chegou então o momento em que as populações procuraram na sua história a sua identidade e apostaram em mostrá-la aos que as visitam.
Nestes percursos, se a presença humana é fortíssima não o é menos a presença do rio Tejo, da beleza das suas margens, zonas húmidas e de toda a sua avifauna.
São apenas duas, para já, as pontes que ligam as margens do Tejo desde a sua foz até Alcochete, mas são diversas as ligações efectuadas através de barcos. Aceder às povoações através duma ligação fluvial, oferece aos visitantes um panorama diferente e proporciona um ambiente de grande calma.
1º Percurso – Baía do Seixal
Localização – Percurso de ida e volta a partir da cidade do Seixal até à Ponta do Mato e regresso.
Acesso – Acesso por barco a partir do Cais do Sodré em Lisboa.
Grau de dificuldade – Baixo tendo em conta apenas os desníveis, médio se considerarmos o trânsito e a distância.
Distância – Cerca de 60Km
Tempo médio de realização – 5 horas em ritmo de passeio
Desníveis – Raros e pouco acentuados.
Pontos de interesse – Núcleo histórico da cidade do Seixal, jardins da Quinta da Fidalga, toda a zona ribeirinha da baía do Seixal, moinho de maré de Corroios e sapal de Corroios.
Equipamento utilizado – Qualquer bicicleta é capaz de efectuar o percurso. Prever uma pequena bolsa ou mochila para poder transportar aquilo a que está habituado a levar num passeio de bicicleta.
2º Percurso – Barreiro a Alcochete
A partir da zona ribeirinha do Barreiro que evoca um passado mais longínquo que o da era industrial pelo qual a cidade ficou conhecida, este percurso discorre pela margem esquerda do Tejo bordejando o mar da Palha e a baía da Moita e a do Montijo.
Localização – Percurso de ida e volta a partir da cidade do Barreiro, sempre o mais possível encostado à margem do Tejo, passando pelas povoações de Lavradio, Baixa da Banheira, Alhos Vedros, Moita, Gaio-Rosário, Sarilhos Pequenos, Sarilhos Grandes, Afonsoeiro e Montijo.
Acesso – Ligação fluvial a partir do Terreiro do Paço em Lisboa
Grau de dificuldade – Baixo tendo em conta apenas os desníveis, médio se considerarmos o trânsito e a distância.
Não perca a pista ciclável de Alhos Vedros até à Moita que bordeja a N11 e a sua continuação até Gaio-Rosário, e a pequena estrada CM1120 de ligação de Gaio-Rosário a Sarilhos Pequenos.
Distância – Cerca de 50Km
Tempo médio de realização – 5 horas em ritmo de passeio
Desníveis – Inexistentes.
Pontos de interesse – Pelo facto de discorrer perto da margem do Tejo, em todo o percurso se pode encontrar algo que nos desperta o interesse e a curiosidade. Para além da própria variedade dos ambientes, a variação das marés proporciona sempre outros olhares. É portanto um percurso de descoberta. Mas os lugares visitados que elegemos como um troféu para a fotografia são Alhos Vedros, Moita, Gaio-Rosário e Sarilhos Grandes sobretudo as embarcações tradicionais do Tejo.
Equipamento utilizado – Qualquer bicicleta é capaz de efectuar o percurso. Prever uma pequena bolsa ou mochila para poder transportar aquilo a que está habituado a levar num passeio de bicicleta.
3º Percurso – Alcochete – Samouco
[mappress]Localização – Percurso de visita à cidade de Alcochete e a partir desta, em direcção à povoação do Samouco e volta.
Acesso – A partir de Lisboa aconselhamos o acesso pela ponte Vasco da Gama.
Grau de dificuldade – Baixo.
Distância – 13Km
Tempo médio de realização – 3 horas
Desníveis – Inexistentes
Pontos de interesse – Todo o centro histórico da cidade de Alcochete, o Museu do Sal, que é apenas visitável com marcação prévia para a C.M.de Alcochete através do telefone 212 348 653, e o núcleo piscatório de Samouco com os seus cais palafita.
Equipamento utilizado – Qualquer bicicleta é capaz de efectuar o percurso. Prever uma pequena bolsa ou mochila para poder transportar aquilo a que está habituado a levar num passeio de bicicleta.