20 a 25 de Abril – Passeio ao Parque Natural do Douro Internacional

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20 Abril (6ª feira):

Partida para Figueira Castelo Rodrigo em carros particulares e alojamento em residencial.

Como chegar a Figueira de Castelo Rodrigo: http://www.cm-fcr.pt/turismo/Paginas/ComoChegar.aspx

Tempo previsto de viagem: 4 horas; distância: 380 km.

21 Abril (Sábado):

9h: partida de Figueira Castelo Rodrigo para Almofala (concelho Figueira Castelo Rodrigo).

9h30m: Caminhada de Almofala a Santo André das Arribas, 8 km.

O percurso inicia-se em Almofala seguindo depois para a capela de Sr.ª Bárbara, descendo para o Águeda, até ao local de St.º André onde está uma capela com o mesmo nome. Daí seguindo trilho sobranceiro às arribas, através de olival em socalcos, junto às ruínas do antigo castro e de capela, até a um pequeno miradouro murado. Daí voltando à capela principal de St. André e seguindo para sul através de caminhos vicinais e trilho na zona de Torno, onde são visíveis as escavações de uma antiga exploração mineira, voltando depois para Almofala pelo caminho do Serro.

13h: visita ao Miradouro da Sapinha.

O Alto da Sapinha é um dos miradouros naturais mais belos do Concelho, fica localizado entre Escalhão a Barca d’Alva, daqui temos a deslumbrante vista dos terrenos escarpados repletos de olivais. Mas é no início da Primavera que adquirem maior beleza, com a floração das Amendoeiras. É daqui que também se pode vislumbrar uma sumptuosa panorâmica do Vale do Douro e da foz do Rio Águeda.

14h: Caminhada pelo miradouro/serra do Candedo; 10 km

Espetacular vista para o Douro Internacional, concelho de Freixo de Espada Á Cinta, Figueira de Castelo Rodrigo e Barca d’Alva.

17h: Visita ao miradouro Penedo Durão.

O Penedo Durão é enorme rochedo que se ergue sobre a margem direita do rio Douro. No seu topo existe um miradouro que, para além das excelentes vistas que oferece, constitui um local privilegiado de observação de aves.

18h: check-in no alojamento

20h: Jantar em restaurante.

22 Abril (Domingo):

10h: Caminhadas na freguesia de Bruçó (concelho de Mogadouro). 10 km.

Bruçó integra o Parque Natural do Douro Internacional e o visitante não pode deixar de contemplar as famosas arribas, as escarpas abruptas que separam o planalto mirandês das terras de Espanha. O percurso da Fraga do Sapato conduz para Sudeste rumo a um imponente miradouro, de onde se podem ver quedas de água e as aves rupícolas que procuram esconderijos remotos para nidificar. Continuando ao longo da cumeada e por entre penedos chega-se à Faia da Opa, uma fraga onde a Natureza cavou um fosso na rocha que serve de piscina natural.

No sentido inverso, acompanhando o Douro para a foz, encontra-se o percurso da Barragem. Por entre caminhos graníticos fica-se a conhecer os palheiros antigos e o quartel da Guarda-Fiscal, agora desativado mas que, antes, albergava os guardas que lutavam contra o contrabando. Andando mais um pouco consegue ver-se a barragem espanhola de Aldeadávila, continuando o percurso até ao Vale do Castelo, onde os historiadores acreditam ter existido uma necrópole.

15h: Passeio de automóvel. Trilho do azeite.

O trilho do azeite serpenteia por entre olivais tradicionais, com as retorcidas oliveiras a disputarem o terreno a vinhedos e amendoeiras, numa harmonia que justifica a beleza das terras durienses. A viagem, de nove quilómetros, termina, tal como a azeitona, num lagar tradicional, onde era feito o «ouro líquido» da região

17h: Visita ao miradouro do Carrascalinho.

Neste local toda a natureza nos maravilha e delicia com uma paisagem única e inigualável. O espaço parece permanecer virgem e selvagem quase que intocado por mão humana desfrutando-se de uma vista magnífica sobre um amplo vale, cujas encostas estão cobertas com vegetação ainda autóctone espelhando no Douro um verde único e carregado, destacando-se entre todos os arbustos o Lodão, que forma nestas paragens a mancha mais extensa de toda a Península Ibérica. Envolvendo a paisagem que nos rodeia podemos ainda detetar na outra margem do rio a povoação espanhola de Mieza, aqui quase ao alcance da mão e numa posição ultra defensiva situa-se o castro de Lagoaça, os olivais e laranjais distribuídos em socalcos pelas encostas, enquanto na planície vislumbramos elevado número de construções graníticas conhecidas como “corriças”, destinadas a guardar o gado caprino. Não é raro vislumbrar deste miradouro a silhueta altiva da Águia – real, o maior predador alado de toda a Europa, o que só é possível pela abundância e inacessibilidade dos afloramentos rochosos das arribas do Douro que conferem a esta espécie a proteção e tranquilidade necessárias durante o período de nidificação. O Britango é uma outra ave de rapina frequentemente observado entre Março e Agosto pois trata-se de uma ave migratória que se desloca para África durante os meses de Inverno. Esta espécie de abutre está intimamente relacionada com a pastorícia, uma vez que a sua alimentação é suportada essencialmente por cadáveres de animais, normalmente ovelhas e cabras, que por uma ou outra razão são abandonados pelos pastores nos campos.

20h: Jantar em restaurante.

23 Abril (2ª feira):

09h30m: caminhada Cardal Douro – Sendim pelas arribas do Parque Natural do Douro Internacional + passeio barco de Sendim até Picote.

Distância da caminhada: 15 km.

Percurso com belas vistas. Daqui poderá observar o rio Douro correndo por entre os montes verdejantes, estando do outro lado a vizinha Espanha.

16h: visita ao miradouro Freixiosa.

Miradouro da Freixiosa, do qual pode ser observado o vale encaixado e escarpado do rio Douro (apesar de o nível da água ter subido após a construção da Barragem do Picote). Observamos vários afloramentos rochosos de granito, dissimulados por manchas de azinheira e zimbro. O silêncio é marcante, interrompido pelo chilrear de uma ave ou o contar de uma cigarra. Local favorável à observação de avifauna (rapinas e necrófagos).

20h: Jantar em restaurante.

24 Abril (3ª feira):

10h: caminhada Miranda Douro a São João das Arribas 9 km

Este percurso linear inicia-se na Sé de Miranda do Douro seguindo para norte por caminho vicinal, pelo bairro da Terronha, até à povoação de Vale de Águia, seguindo depois por estrada municipal até Aldeia Nova e novamente por caminho vicinal até à Capela de São João das Arribas, sobranceira ao vale do Douro.

Pontos de interesse: Sé e Muralhas de Miranda do Douro, paisagem de escarpas rochosas das arribas do Douro, moinhos de água na Ribeira dos Moinhos, palheiros ou “corriças” tradicionais, lameiros, bosques de azinheira e carvalho, raças autóctones (burro mirandês, vaca mirandesa), casario tradicional em Vale de Águia e Aldeia Nova, vestígios de fortificação castreja junto à Capela de São João das Arribas.

16h: Passeio de barco a partir de Miranda do Douro.

Cruzeiro Ambiental no Douro Internacional ver arribas com mais de 200 metros de altura. Terá também a oportunidade de observar a flora (a azinheira, o amieiro, o freixo, etc.) e a fauna (grifo, águia real, abutre do Egito, etc.) de umas das mais bonitas paisagens da península ibérica.

17h: Passeio por Miranda do Douro.

Miranda do Douro, sede do concelho, está situada num espigão que domina a pique a margem direita do rio Douro, no troço internacional que separa a província Portuguesa de Trás-os-Montes da província espanhola de Castilla y León. A Vila de Miranda surgiu com o Rei D. Dinis que existia sobre as arribas do Douro e era banhado pelos rios Douro e Fresno. É aquando do Tratado de Alcanices – celebrado entre D. Dinis, rei de Portugal, e Fernando IV, de Leão e Castela, que temos de fazer a leitura histórica da fundação da Vila de Miranda em 18 de Dezembro de 1286, elevando-a à categoria de vila e aumentando-lhe os privilégios antigos. Um dos privilégios deste foral era Miranda nunca sair da coroa. A partir desta altura, Miranda torna-se progressivamente na mais importante das vilas cercadas de Trás-os-Montes. Em 10 de Julho de 1545, D. João III eleva Miranda do Douro à categoria de cidade, passando a ser a primeira diocese de Trás-os-Montes (por bula do Papa Paulo III de 22 de Maio de 1545) que amputava a arquidiocese de Braga da maior parte do território transmontano. Assim, Miranda ficou a ser a capital de Trás-os-Montes, sede do bispado, residência do bispo, cónegos e mais autoridades eclesiásticas bem como, militares e civis.

Em 1762, no contexto da Guerra dos sete anos, o exército de Eduardo III invade Trás-os-Montes. O Paiol, com cerca de 500 barris de pólvora, foi atingido por um tiro de canhão, fazendo ir pelos ares as quatro torres do castelo e os bairros periféricos. Aproximadamente um terço da população da cidade – cerca de 400 pessoas – pereceu perante esta catástrofe, levando assim à ruína religiosa, demográfica e urbana de Miranda. Quase dois anos depois, em 1764 D. Frei Aleixo Miranda Henriques (23º bispo) abandona Miranda, trocando-a por Bragança, que passava a ser outra sede episcopal definitiva e única a partir de 1680. Duzentos anos depois, graças à construção das barragens de Picote e Miranda, o concelho assumiu-se como uma região em franco desenvolvimento e a cidade, mercê da perfeita harmonia entre o passado e o presente é, hoje, um verdadeiro museu vivo. A cidade vive de numerosos comércios (têxteis, calçado e ourivesaria) destinados aos vizinhos espanhóis, que atravessam a fronteira para fazer as suas compras. Por isso, o concelho de Miranda do Douro é detentor de um vasto, diversificado e valioso património cultural e arquitetónico espalhado pelas suas freguesias, que continuam a preservar e divulgar parte da sua cultura por meio das suas peças manufaturadas como as Colchas feitas nos teares tradicionais, os tecidos de Saragoça e Buréis, os Bordados, Gaitas de Foles, Flautas, Castanholas e Rocas

20h: Jantar em restaurante.

25 Abril (4ª feira):

10h: Visita a Mazouco.

Mazouco é uma freguesia do concelho de Freixo de Espada à Cinta, donde dista cerca de 12 quilómetros da sede de concelho. É uma aldeia paralela ao rio Douro, situada a meio das encostas de um profundo vale, e que tem como pontos mais altos o Monte Barreiro, o Monte Covas e o Monte Juncal, e como ponto mais baixo a margem direita do rio Douro e o seu leito. Do outro lado está o Monte Godim de Espanha. Possui uma geografia peculiar: o espetáculo sobre as margens serpenteadas do Douro Internacional é simplesmente deslumbrante, avistando-se recantos de água e pequenas elevações com culturas diversas, bem como íngremes encostas do lado de Espanha, que se elevam sobre curvas e contracurvas do rio. Toda a natureza envolvente é um espetáculo que maravilha o visitante e o delícia com uma paisagem única e inigualável. Mazouco é uma aldeia muito antiga, cujo termo era já habitado há milhares de anos, como nos prova a gravura rupestre do “Cavalo de Mazouco”. E outra coisa não era de esperar, dada a proximidade da água, líquido precioso para a sobrevivência e defesa dos povos da pré-história. A palavra “Mazouco” poderá ter origem em “Ferro Massuco”, “Ferro Maçuque”, ou “Maçouco” que aparece referida no foral de D. Manuel I, e significaria ferro grosseiro em massa ou em barra. Quanto à fundação da aldeia, há uma tese que defende que seria um grupo de moradores de Masueco (espanhol), povoação fronteiriça a Lagoaça e perto de Aldeadavila de La Ribera, que ali se fixaram depois de passarem o Douro. Nada prova que fosse assim, ou, porque não o contrário? De qualquer modo há com certeza alguma semelhança na origem do topónimo até pela sua vizinhança e situação geográfica.

É uma terra cuja atividade principal é a agricultura. Aqui produz-se vinho generoso em abundância, laranja e amêndoa.

11h30m: Caminhada calçada alpajares 8 km.

O percurso inicia-se na foz da Ribeira do Mosteiro, seguindo para norte por caminho vicinal, atravessando a ribeira num pontão e continuando por caminho de pé posto até à Calçada de Alpajares, subindo esta até ao castro de São Paulito e continuando por caminho vicinal até ao Picão de Ana, daí descendo à ribeira através de calçada antiga e atravessando a ribeira pela ponte da Alminhas. Daí continuando pela calçada até ao local de Alminhas e seguindo para sul por pequena estrada municipal até ao primeiro ponto. O percurso pode incluir 2 itinerários alternativos, até à aldeia de Poiares (derivando do Castro de São Paulito) ou até ao Castro de Alva e povoação de Barca de Alva (derivando da Foz da Ribeira).

Património geológico (dobras, camadas verticais e falhas nos quartzitos), património arqueológico (Calçada de Alpajares e castros de São Paulito e de Alva), fauna e flora rupícolas, moinhos de água abandonados, pombais, parcelas agrícolas mediterrâneas (amendoais, laranjais e olivais), casario tradicional em Poiares, estação ferroviária de Barca de Alva.

16h: fim de programa

Preço: 170 €

Inclui: 5noites de alojamento e passeios referidos no programa (2 de barco e vários pedestres). Inclui pequeno-almoço na 1ª noite de alojamento.

O custo da deslocação é por conta dos participantes. Há possibilidade de se combinar boleias para partilha de custos.

Para inscrições e mais informações enviar mail para migcostaper@gmail.com ou contactar 914907446 / 967055233.

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