Num percurso pedestre da pré-história ao românico, siga os trilhos da beata Mafalda, filha de D. Sancho I e neta de D. Afonso Henriques, e conheça alguns dos monumentos da Rota do Românico ligados, segundo a lenda, à sua vida e obra. 18 de Novembro.
Com uma extensão de cerca de 13 quilómetros, este percurso pedestre linear terá início, pelas 8.30 horas do dia 18 de Novembro, na Igreja do Salvador de Cabeça Santa, no concelho de Penafiel. O nome desta Igreja está, segundo a tradição, ligado à devoção da beata Mafalda à relíquia de um personagem consagrado que aí se guardaria, a Cabeça Santa. Este monumento é um excelente exemplar para compreender a arquitetura românica portuguesa. Detenha-se no saltimbanco do portal sul, figurando a dualidade entre o sagrado e o profano!
De Cabeça Santa seguimos para Peroselo onde encontraremos a Capela de Santa Catarina, junto da qual está uma necrópole rupestre. Constituído por quatro sepulturas escavadas na rocha, conhecidas como as Sepulturas Medievais da Quintã, este cemitério é atribuível à época da Reconquista, com utilização situada entre os séculos VIII e XI.
Continuamos o percurso e vamos recuando aos tempos remotos da pré-história. Já nos limites das freguesias de Peroselo e Luzim avistamos o Menir de Luzim, com cerca de 2,5 metros de altura, e, aqui perto, um pequeno afloramento no solo que revela várias gravuras rupestres, com pedomorfos insculpidos, conhecidos como “Pegadinhas de S. Gonçalo”.
Seguindo pelo caminho traçado no monte chegaremos ao segundo conjunto de insculturas rupestres, conhecidas como Gravuras Rupestres de Lomar, núcleo maior e mais diversificado que o anterior, onde poderemos apreciar quase uma centena de insculturas de vários motivos.
Das Gravuras Rupestres de Lomar continuamos até à Igreja de São João de Luzim, para daí seguirmos até à Igreja de São Pedro de Abragão. Esta Igreja conserva a cabeceira da época românica, testemunho significativo da arquitetura românica do Tâmega e Sousa. No exterior, o friso composto por motivos geométricos recorda o modo de decorar as igrejas das épocas visigóticas e moçárabe. Esta Igreja está documentada desde 1105, embora a cabeceira, que a tradição atribui à iniciativa da beata Mafalda, date do segundo quartel do século XIII.
Da Igreja de Abragão rumamos na direção da Praia Fluvial de Luzim. A época de mergulhos já lá vai, mas aproveite para se deliciar com as fantásticas vistas que o rio Tâmega oferece.
O percurso termina na Igreja de São Gens de Boelhe, cuja fundação a tradição atribui ora à beata Mafalda, ora à sua avó, a rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques. Na fachada norte a cachorrada apresenta uma assinalável variedade de motivos que vão desde cabeças de touro a homens que transportam pedra.
Esta atividade não está abrangida por qualquer seguro individual ou de grupo. A inscrição no percurso pedestre é de 3 trilhos/pessoa. A inscrição no almoço é facultativa, mas recomendável. O pagamento do mesmo (6 trilhos/pessoa) deverá ser efetuado antes da partida para a caminhada.
Programa
8h30 – Igreja do Salvador de Cabeça Santa, Penafiel
Sepulturas Medievais da Quintã
Menir de Luzim e “Pegadinhas de S. Gonçalo”
Gravuras Rupestres de Lomar
Igreja de São João de Luzim
Igreja de São Pedro de Abragão
Praia Fluvial de Luzim
13h30 – Igreja de São Gens de Boelhe, Penafiel
Âmbito: histórico, cultural e paisagístico
Local: Partida da Igreja do Salvador de Cabeça Santa, Penafiel.
Extensão: 13 km
Duração: 5 horas
Grau de dificuldade: moderado
Inscrição: 3 trilhos
Almoço (recomendável): 6 trilhos
Transporte de regresso ao ponto de partida assegurado
Inscrições
Contacte a Rota do Românico:
T +351 255 810 706 / +351 968 955 236