As intenções dos europeus de fazer férias este verão estabilizaram (54%) mas registam grandes disparidades entre os países.
Levado a cabo pelo Ipsos a pedido do grupo Europ Assistance numa amostra de 3.505 europeus (franceses, alemães, italianos, espanhóis, belgas e austríacos), este inquérito, realizado por telefone pelo 14º ano consecutivo, tem por objetivo estimar anualmente as intenções dos europeus de sair dos seus países em férias, e saber quais as suas motivações, destinos e tipos de férias preferidos.
Após vários anos consecutivos de decréscimo, as intenções dos europeus de ir de férias este ano mantêm-se nos 54%, mas este valor cobre fortes diferenças entre os vários países.
Nos países germânicos, a tendência é particularmente favorável, com ênfase na progressão das intenções na Alemanha e na Áustria. A situação destes dois países contrasta com a de outros países da EU, que se confrontaram durante vários anos com uma queda contínua nas intenções de realizar férias no verão.
Tendo isto em conta, os franceses serão, novamente, menos a realizar férias fora do país este verão: 58%, menos 4 pontos comparativamente com 2013. Esta taxa aproxima-se da média europeia, com a particularidade de, ano após ano, serem cada vez menos os franceses a fazerem férias fora. Contudo, França mantém-se acima de outros países latinos, especialmente Espanha, que estagnou no seu nível mais baixo – 42% – e Itália, que não avançou dos 52%.
De uma forma geral, o orçamento que os europeus reservam para as suas férias de verão revela-se relativamente estável: 2.313€, em oposição com 2.242€ em 2013. Mas esta relativa estabilidade esconde a crescente diferença entre os países mais afetados pela crise económica e aqueles cuja economia resistiu melhor.
Em 2014, a diferença entre o orçamento de férias médio entre os países do norte (Reino Unido, Alemanha, Bélgica e Áustria) e os países latinos (França, Itália e Espanha) alcançou os 700€, onde, antes da crise, em 2008, situava-se nos 370€.
Também a diferença entre os orçamentos médios mais altos e mais baixos na zona euro aumentou quase 5% em seis anos e, tal como no ano anterior, são os britânicos com maior orçamento para férias, seguidos dos belgas, austríacos e alemães. Em contaste, os italianos e os espanhóis estão no fundo da tabela com orçamentos abaixo da média europeia.
O barómetro demonstrou também que 22% dos europeus tiveram de abdicar de todo o orçamento para férias.
A Europa mantém-se como o principal destino para os turistas do continente (76%). O sul da Europa mantém-se como favorito ano após ano com França e Itália a manterem-se como os países mais valorizados, à frente de Espanha e de outros países mediterrânicos. Apenas três por cento dos inquiridos planeia ir para a América do Norte, igual número para África, dois por cento para a América Latina e Ásia e um por cento para o Médio Oriente.
Para a maioria dos europeus (62%) as férias de verão são inconcebíveis sem praia e o clima é uma variável vital na escolha do destino (39%), apesar de ter descido face ao ano anterior seis pontos percentuais. 62% dos europeus afirmam, também, que descansar é o fator essencial para as férias.
