Percurso circular com 12,8 km de extensão que começa e termina na bela Vila de Monsaraz. Mas existem outros pontos de interesse neste percurso nomeadamente, a Ermida de S. Lázaro, a Ermida de Santa Catarina, o Cromeleque do Xerez, o Convento da Orada, o chafariz no Telheiro e a Ermida de S. Sebastião.
Texto: Lobo do Mar e C.M. de Reguengo de Monsaraz fotografia: Lobo do Mar
O percurso Escritas no Horizonte aglutina o que de mais precioso existe nos arredores da vila de Monsaraz. Com este percurso ficamos a conhecer a oferta mais relevante que a região oferece a diferentes níveis: paisagístico, monumentos edificados, fauna e flora.
Propositadamente não abordámos, em pormenor, a vila de Monsaraz pois será objeto de um futuro percurso dedicado em exclusivo à vila.
O trajeto é feito, maioritariamente fora de estrada e quando é por estrada, elas têm pouco movimento.
Durante o trajeto existe a possibilidade de nos abastecermos de alimentos devido à existência de cafés nas povoações por onde passamos.
Face às características climatéricas da região este passeio não é aconselhável ser efetuado no Verão onde, a temperatura situa-se, frequentemente, acima dos 40 graus.
Pontos interessantes
No percurso Escritas no Horizonte temos a oportunidade de ver algumas das mais belas ermidas da região e ainda o poderoso Cromeleque Xerez e a ponte romana, ambos situados junto ao Convento da Orada. O Chafariz do Telheiro é outro ponto de interesse neste percurso. O chafariz foi erguido, de acordo com a lápide que ostenta, em 1422, por determinação de D. Fernando, conde de Arraiolos e futuro 2º duque de Bragança, sob a direção de um ouvidor de nome Fernão Ruiz. De tanque comprido e baixo, apresenta uma frontaria caiada de branco, formada por um alto paredão de alvenaria com 15 robustos merlões de remate piramidal.
Situa-se no arrabalde oriental de Monsaraz, junto do caminho para a ermida de Santa Catarina. Foi fundada no séc. XIV com a função de apoio espiritual à leprosaria que lhe estava anexa.
De planta retangular tem cerca de 6,80 m x 5,60 m era construída em alvenaria de pedra. Conjetura-se pela fachada principal, que terá tido como cobertura um telhado de duas águas, apoiado em travejamento de madeira. Deste não existem quaisquer vestígios. O estado geral de conservação é mau. Pertence ao Estado.
A Ermida de Santa Catarina destaca-se pela sua singular estrutura acastelada, que vários autores atribuem a uma filiação templária.
Fundado possivelmente no século XIII (ESPANCA, 1975), este pequeno templo é constituído por dois corpos distintos, um retangular que corresponde à nave, e a abside, de secção hexagonal.
A fachada apresenta um modelo simples, aberto no registo inferior por um portal de moldura reta, sobre o qual foi rasgado um óculo. O espaço da abside é rematado por um conjunto de merlões que forma uma torre, construída já no século XVI.
No interior, a nave apresenta um espaço amplo com arco românico que permite o acesso à abside. Esta é coberta por cúpula ogival, sob a qual foi rasgado um conjunto de arcos de volta perfeita rematados por friso denticulado.
Cromeleque do Xerez ou Conjunto megalítico da Herdade do Xerez
Identificado em 1969, este cromeleque de planta algo singular no denominado “universo megalítico eborense” – quadrangular –, foi erguido entre os inícios do 4.º e meados do 3.º milénio a. C..
Desenvolvendo-se a partir de um menir central faliforme, com uma altura de cerca de 4 m e apresentando numa das suas faces diversas “covinhas” em toda a sua verticalidade, este monumento megalítico é constituído por 50 menires, cuja altura varia entre 1,20 cm e o 1,50 cm, alguns dos quais de configuração igualmente fálica, bem como almendrada.
Apesar de no mesmo ano de 1969, este cromeleque ter sido sujeito a uma intervenção que visou a sua reconstituição original, ela não seguiu critérios propriamente científicos, baseando-se o autor da sua recomposição – José Pires Gonçalves –, no pressuposto de que as “covinhas” presentes num dos menires representariam a sua disposição original.
Entretanto, a maioria destes menires encontra-se fraturada, apresentando apenas a parte superior.
Trata-se do único monumento transferido em toda a área do regolfo de Alqueva, tendo sido reinstalado em 2004.
A fundação do Convento da Orada é de 1670 e ficou a dever-se aos Agostinhos Descalços que albergou até aos princípios do séc. XIX.
A sua construção começou em 1700, pelo prior João Calvário, tendo na altura ficado inacabado até ser finalmente inaugurado em 1741.
Para saber mais: http://fundacaoconventodaorada.pt/historia_convento.html
Localiza-se no vale ocidental que antecede a fortificação de Monsaraz, e desconhece-se a data exata da sua fundação.
Construção de alvenaria de pedra, encontra-se rebocada e pintada de branco, com excepção das molduras das janelas e da porta principal, em xisto.
O seu alçado principal é simples, com simetria central, de porta ladeada por dois vãos quadrangulares.
Ermida de planta retangular, a sua nave interior mede no seu interior 8m de comprimento por 4,10 m de largura. Esta nave aparenta, segundo Túlio Espanca traça de meados do século XVII, sendo coberta por abóbada de berço.
O seu estado de conservação é razoável, e tem sido alvo de intervenções de manutenção.
Tipo: Circular
Extensão: 12,8 km
Sinalizado: Não
Dificuldade: 2,5
Descarregar track de GPS: http://ridewithgps.com/routes/2840315
Monte do Laranjal
Monsaraz
917 857 423 / http://www.montedolaranjal.com
Município de Reguengos de Monsaraz
Praça da Liberdade
7201-970 Reguengos de Monsaraz
38°25’28.80″N | 7°32’6.15″W
GNR – Posto Territorial de Telheiro
Rua da Fonte
Telheiro
7200-181 Monsaraz
38°27’6.61″N | 7°22’48.96″W
Tel. 266 557 151
Fundação Convento da Orada
ESG – Escola Superior Gallaecia
Largo das Oliveiras
4920-275 Vila Nova de Cerveira