Viagens cerâmicas de um oleiro português no Oriente

Nos últimos sete anos, o ceramista português Ricardo Lopes fez residências artísticas em três países – Japão, China e Índia –, considerados referências universais nas artes cerâmicas. As técnicas e rituais que aprendeu, associados a cada cultura, são agora partilhados numa conferência a realizar no sábado, 21 de Novembro, às 16h30, no Museu do Oriente, com entrada livre.

China

“Creio que apenas percebemos integralmente o valor da nossa especificidade se tivermos a abertura, a humildade e a oportunidade de conhecer a singularidade das outras culturas”, afirma Ricardo Lopes que, durante esta sessão, dá a conhecer as pastas, as técnicas de conformação, a cozedura e diversos outros hábitos tradicionais de cada país que visitou, as particularidades estéticas, técnicas e as históricas encontradas no decorrer dos projectos desenvolvidos durante as residências artísticas

Ricardo Lopes desenvolve o seu trabalho na área da Cerâmica Contemporânea a partir de técnicas tradicionais, com destaque para a roda de oleiro. Concluiu o Curso de Cerâmica Criativa no CENCAL, em 2004, tendo realizado estágios na Polónia, França, Cabo Verde e com o escultor Jorge Mealha, em Lagos. Participou em workshops sobre vidrados de efeitos especiais e técnicas tradicionais e residências artísticas no Japão, bem como na China e na Índia, estas últimas como bolseiro da Fundação Oriente. Integrou diversas exposições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro. Enquanto professor de Cerâmica, participou em diversos projectos educativos, sob a forma de cursos e workshops, em museus, escolas, ateliês, centros sociais e outras instituições públicas e privadas.