“Via Utopia” é a maior e a principal da exposição ‘Future Frames – Do You Know What Tomorrow Is?’

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A ’Via Utopia’ é a peça principal e de maior dimensão, com 4,80×4,80×4,00m, da exposição ‘Future Frames’, mostra que vai estar na sede da Jofebar, em Matosinhos.

Esta ilustração expõe uma viagem pelas ruínas do presente, com a utopia no horizonte, traduzindo assim uma visão de um futuro impossível e de um mundo que está exausto da (des)informação, tendo como consequência a perda de critério na percepção. Esta é uma revisão à ‘Via Appia’ de Piranesi, um famoso gravurista e arquiteto italiano do século XVIII. A exposição, criada pela mão da ilustradora Ana

Aragão, conhecida pelas suas obras de interpretação do espaço urbano, é a sua reflexão em ‘Pensar a cidade do Futuro’.

FUTURE FRAMES é um labirinto de imagens impressas em vidro e inaugurará, já no dia 2 de julho, no showroom da JOFEBAR, em Matosinhos. Estará patente até Outubro. Contará também com peças experimentais resultantes da participação e contributo de alguns autores convidados: os arquitetos Camilo Rebelo, Nuno Grande, Pedro Bandeira, o geógrafo Álvaro Domingues, o escritor Mário de Carvalho e o artista plástico VHILS.

Sobre a sua interpretação da sociedade em ‘Via Utopia’, Ana Aragão refere “a capacidade crítica resume-se ao like, o Dasein reduz-se a selfie, a afirmação pessoal vira a share, o íntimo passa em direto. O défice, a crise dos refugiados, os implantes mamários, o último Star Wars, os malefícios do açúcar, a ajuda humanitária, a esquerda e a direita, os prazos de validade e os cremes bronzeadores o empreendedorismo, a sustentabilidade, a vida saudável, a food porn, o snapchat alternam-se no mesmíssimo feed. Tudo tem o mesmo peso na balança de um presente esquizofrénico e anacrónico em ressaca permanente da next big thing. Será a utopia precisamente o esgotamento desta carnívora capacidade de gerar informação? Nesta peça, o percurso, tal como a utopia, é afinal uma ilusão. Janelas de vidro para um amanhã inimaginável.”

Eurico Almeida, Administrador da Jofebar, conta o que levou a esta parceria de sucesso com Ana Aragão: “Mantendose fiel aos seus valores e sobretudo na obsessão por cumprir com a sua identidade, a Jofebar na evidente, progressiva e crescente relação entre o artístico e o industrial, encontra na artista Ana Aragão um dos reflexos e relação com as suas inspirações e caminhos. Não poderíamos imaginar nem trabalhar o futuro sem olharmos ao passado, muito da inspiração que representa o presente e antecipa o horizonte que se pretende utópico, está na história e poderíamos hoje voltar a 1919, onde na Bauhaus se combatia a arte pela arte e se estimulava a livre criação com a finalidade de ressaltar a personalidade do homem, acreditando-se que a unidade arquitetónica só podia ser obtida pela tarefa coletiva dos artistas, mestres de oficinas, e que incluía os mais diferentes tipos de criação, como a pintura, a música, a dança, a fotografia e o teatro. É também deste modo que procuramos materializar atualmente os nossos propósitos, assentes na industrialização, onde a arte representa o espiritual e o negócio o material. A materialização dos elementos artísticos da Ana emprestam à nossa organização maior visão, imaginação, entusiasmo, inspiração e criatividade, como forma ainda de refletir uma personalidade única, de visão e valores; funde-se o criador com o artesão. Fazemo-lo como forma de prever o amanhã, como forma de pensamento.“

A exposição neste formato inovador só é viável pelo lançamento da revolucionária tecnologia, única em Portugal, que permite “imprimir” em vidro, com tinta cerâmica, qualquer ilustração gráfica ou foto-realista e adicionar a ilusão de texturas, sem restrições de cor e com carácter vitalício.

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