Não há duas sem três; assim é o conhecido ditado popular. Neste caso é mais: “não há dois sem três”! Uma premissa que se adequa à mais recente distinção internacional atribuída aos vinhos da Lavradores de Feitoria (LF). Foram três, os DOC Douro a alcançar os tão afamados 90 ou mais pontos da norte-americana Wine Spectator. O especialista em vinhos, provador, e editor executivo Kim Marcus atribuiu, respectivamente, ao ‘Meruge branco 2014’, ao ‘Meruge tinto 2013’ e ao ‘Três Bagos Grande Escolha tinto 2011’, 90, 91 e 92 pontos.
“Boas novas que voltam a chegar do outro lado do Mundo, para confirmar que não foi por acaso que, há 15 anos atrás, quinze lavradores (de feitoria) durienses se uniam para em conjunto produzir com selo e garantia de qualidade o que, individualmente, se avizinhava difícil”, afirma Olga Martins, CEO da Lavradores de Feitoria e também ela uma dos 48 accionistas desta empresa.
Se o branco 2014 e o tinto 2013 da marca ‘Meruge’ já estão no mercado, a colheita de 2011 do ‘Três Bagos Grande Escolha tinto’ ainda não. O topo de gama da Lavradores de Feitoria está pronto, e até já tem dado alguns ares da sua graça ao mostrar-se à crítica nacional e internacional, que o tem provado e aprovado. Sendo o melhor da “Selecção” da LF, há que dar-lhe mais uns meses de estágio em garrafa. No final do ano é tempo de viajar de Sabrosa para todo o país e de Portugal para o mundo.
O ‘Meruge branco’ é um vinho com estágio em madeira “100% português”. É nacional desde a vinha ao copo! É feito apenas com Viosinho, uma casta autóctone e, com a particularidade de ser proveniente de vinhas de encepamento muito antigo, as chamadas Vinhas Velhas; e é fermentado e estagiado em barricas (novas) de carvalho português, sendo esta junção inédita. Com a estrutura e a complexidade que apresenta, este é um vinho com enorme potencial de envelhecimento. Segundo Kim Marcus, o crítico da Wine Spectator, a colheita de 2014 estará apta até 2020, pelo menos…
O ‘Meruge tinto’ é, sem dúvida, um dos ícones da Lavradores de Feitoria. Cativa homens e mulheres; enófilos experientes e iniciados, pela sua singularidade. Feito à base de Tinta Roriz, e um apontamento de Vinhas Velhas, é um Douro muito fino e elegante, a lembrar os afamados Pinot Noir da Borgonha. Repleto de notas aromáticas a lembrar frutos vermelhos, tem uma acidez equilibrada, taninos suaves e aveludados. O final de boca é longo e muito agradável. A colheita de 2013 marca a 10.ª edição deste disputado néctar de perfil internacional, mas berço bem duriense.
No topo desta lista surge o ‘Três Bagos Grande Escolha’, um tinto que a Lavradores de Feitoria apenas produz em anos de colheitas excepcionais. Feito a partir “do melhor do melhor”: uvas de Vinhas Velhas, com idades superiores a 60 anos, selecionadas pela sua localização, solo e encepamento. De destacar a vinificação, sendo a fermentação feita nos tradicionais lagares de granito e em balseiros de carvalho, com maceração prolongada.
Três vinhos da Lavradores de Feitoria distinguidos pela Wine Spectator
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