Seis monocastas que se juntam a outros dois como estreias, lançadas em 2021, e assim reflectem a força que a variedade de uva mais expressiva do Tejo tem, não só na vinha, mas também na garrafa, cada vez mais a solo. Este cluster permite também mostrar a plasticidade desta casta, podendo dar origem a brancos frescos e leves; a vinhos mais complexos, ideais para a mesa; a vinhos de sobremesa e até a orange wines ou Fernão Pirão, nome tipicamente atribuído quando vinificados em curtimenta.
![](https://www.passear.com/wp-content/uploads/2021/10/Novidades-de-Fernao-Pires-do-Tejo-Rentree-2021-620x414.jpg)
Dois dos vinhos trazem consigo novidade em dose dupla, ao serem da autoria de novos players do Tejo. Têm, por coincidência, o mesmo apelido, mas são de projectos distintos: David Amaral, com o ‘Assinatura David Amaral branco 2020’; e Isabel Lima Amaral com o ‘Canto do Marquês Fernão Pires branco 2020’. Falando em novos agentes económicos, destaque para a enóloga Joana Pinhão, que à casa retorna, com o seu projecto Casal das Aires, em Alpiarça, lançado em pré-pandemia, mas agora a estrear um peculiar Fernão Pires de Vinhas Velhas, com estágio em barricas e a elevar os Vinhos do Tejo para um patamar acima da média. De 2019, este ‘Casal das Aires’ custa cerca de 40 euros.
Olhando para o universo de produtores com forte distribuição, nos mercados nacional e externo, vemos a Falua e a Quinta da Alorna a darem destaque ao que de mais identitário se faz na região. Se a primeira optou por dar palco ao Fernão Pires em estreme, mas manter uma referência já existente e consagrada, o seu ‘Falua Reserva Unoaked branco’ – que antes vivia de um blend de castas e agora é apenas feito com Fernão Pires do Tejo –, a Quinta da Alorna prepara-se para lançar uma nova marca – ‘Reserva das Pedras’ – destinada a promover as castas ex-libris da região: um monocasta de Fernão Pires, nos brancos, e um de Castelão, nos tintos. O branco é, por sinal, de 2018, ano em que a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo apostou, de forma mais activa, em promover e capitalizar para a rainha das suas castas. A enóloga Martta Reis Simões esteve no arranque desta “corrente” e, rapidamente, lhe deu vida na adega.
Novo e diferenciador é o monovarietal de Fernão Pires da Quinta da Ribeirinha. Um orange wine, que por isso enverga a marca Contracena, destinada a vinhos “fora da caixa”. Havia já um branco de uvas tintas, feito de Castelão, e agora este ‘Contracena Orange Wine Fernão Pires branco 2020’.
Monocastas de Fernão Pires para a rentrée
Lista apresentada por ordem de prova sugerida pelo sommelier Rodolfo Tristão.
Assinatura David Amaral branco 2020 (David Amaral) • IG Tejo
PVP: €6,00 • Álc.: 12,00% • Acidez Total: 6,03 g/L • Açúcares Totais: 0,6 g/L • pH: 3,46
Falua Reserva Unoaked branco 2019 (Falua) • IG Tejo
PVP: €14,49 • Álc.: 12,50% • Acidez Total: 6,00 g/L • Açúcares Totais: 2,0 g/L • pH: n.a.
Canto do Marquês Fernão Pires branco 2020 (Isabel Lima Amaral) • DOC do Tejo
PVP: €6,00 • Álc.: 13,50% • Acidez Total: n.a. • Açúcares Totais: n.a. • pH: n.a.
Reserva das Pedras Fernão Pires branco 2018 (Quinta da Alorna) • DOC do Tejo
PVP: €17,99 • Álc.: 12,50% • Acidez Total: 6,50 g/L • Açúcares Totais: n.a. • pH: 3,30
Casal das Aires Fernão Pires de Vinhas Velhas branco 2019 (Casal das Aires) • IG Tejo
PVP: €39,90 • Álc.: 12,50% • Acidez Total: 5,85 g/L • Açúcar Residual: 0,6 g/L • pH: 3,38
Contracena Orange Wine Fernão Pires branco 2020 (Quinta da Ribeirinha) • DOC do Tejo
PVP: €14,50 • Álc.: 11,50% • Acidez Total: n.a. • Açúcares Totais: n.a. • pH: n.a.