Na nossa incursão pelas Astúrias visitámos três locais de referência: Cangas de Onís, Picos da Europa (apenas os lagos) e Covadonga. Foram passagens superficiais mas que deram para perceber o potencial das regiões para o turismo de Natureza e Cultural.
Já tínhamos andado pela região há uns bons anos e, o que notámos foi um maior desenvolvimento e o crescimento das empresas de animação turística a operar. Também existem algumas empresas portuguesas que possuem programas exclusivos dedicados à região.
Cangas de Onís /Cangues d´Onís
Régia e histórica, montanhosa e serrana, comercial, ribeirinha, pastagens e gado, mercado, bons queijos e melhor gastronomia, testemunho da história, porta de entrada para os Picos da Europa. Isto é Cangas de Onis/ Cangues d´Onís.
O porte régio da sua capital, como convém àquela que foi berço da Reconquista e primeira cidade e corte da Monarquia Asturiana, a primeira da Península Ibérica. A mítica Ponte Romana com a sua Cruz Vitória suspensa é um dos monumentos mais fotografados das Astúrias é o símbolo da animada capital da Canguesa, onde o culto da gastronomia não falta, interessantes lojas gastronómicas e um mercado dominical onde se podem comprar os produtos mais saborosos da horta e os melhores queijos dos Picos da Europa.
Cangas de Onís, uma das portas dos Picos da Europa, viu nascer o Parque Nacional da Serra de Covadonga, hoje Parque Nacional dos Picos de Europa e dentro dele alberga o Sítio Real de Covadonga e os Lagos Enol e Ercina. Com a sua paisagem de picos e currais e com o aspeto quase ‘lunar’ das antigas minas de ferro de Buferrera ou a vista espetacular da Vega de Comella, testemunham a riqueza geológica desta zona. Terra de passagem ao planalto, de pastoreio e gado, de queijos, de montanhistas e alpinistas, de pescadores de salmão, de ribeirinhos, de culto a rios como o Sella, o Güeña ou o Dobra…
Picos da Europa
O Parque Nacional dos Picos da Europa é um grande monumento destinado a proteger a natureza, onde cabe a pegada da história, onde a mente se acalma e onde o ser humano encontra um ecossistema adequado para mergulhar na paisagem e traçar metas de auto-aperfeiçoamento , seja desportiva ou de melhoria do conhecimento do meio ambiente, tal como sonharam Pedro Pidal e tantos outros que, como ele, ficaram fascinados com este espaço e as suas infinitas possibilidades.
Não há dúvida de que os Picos da Europa são um local onde os desportos de montanha e o lazer ao ar livre têm um dos melhores cenários possíveis. Por esta razão, são muitos os que conhecem este Parque através de atividades desportivas como caminhadas, escaladas, corridas de montanha, ciclismo ou espeleologia, cujo desenvolvimento é regulado por normas que garantem a conservação do espaço. Além disso são um grande laboratório ao ar livre para as inúmeras expedições científicas que frequentemente se dirigem a este espaço natural.
O Parque Nacional dos Picos da Europa merecia uma edição da revista Passear! Dividido entre as províncias de Astúrias, Cantábria e León é um local ideal para caminhadas com diferentes níveis de dificuldade/experiência. Na nossa deslocação fomos visitar os famosos Lagos Enol e Ercina e, em plena Primavera, nevava e fazia-se sentir uma temperatura baixa (na ordem dos 3°C).
Para além das caminhadas temos a canoagem e a célebre descida do rio Sella que, no primeiro fim de semana de Agosto, atrai milhares de praticantes a Arriondas para descerem o rio até Ribadesella na maior concentração europeia de canoagem.
Covadonga
Covadonga combina dentro de si uma história prodigiosa, uma abundância de espiritualidade e uma natureza única. Precisamente esta realidade extraordinária foi perfeitamente concretizada nos Centenários celebrados em 2018.
As Astúrias comemoraram em 2018 uma tríplice efeméride única, centrada em Covadonga e arredores. Depois houve a coincidência histórica de três centenários simultâneos: o da Coroação da Virgem de Covadonga, o da criação do Parque Nacional da Serra de Covadonga e o décimo terceiro centenário das origens do Reino das Astúrias. Três Covadongas numa só: a histórica, a espiritual e a natural, numa conjunção extraordinária que fazem das Astúrias um destino universal.
Comidas & Dormidas
Almoço no restaurante Los Arcos em Cangas de Onis
Entrada: Tortinha com massa de milho com frango e misto de verduras
Vinho Palácio de Nevais uva de Múrcia
1º prato Pescada com Arroz de verduras e berbigão mais a tinta de calamares.
2º prato Cabrito e Batata
Sobremesas Tiramitsu e gelado
Jantar e estadia em Parador de Villanueva
Nas margens do Rio Sella e rodeado pelos espetaculares Picos de Europa, num cenário de beleza incomparável, temos o Parador de Cangas de Onís. O hotel é o antigo Mosteiro de San Pedro de Villanueva, um belo edifício, com espetaculares quartos de pedra e madeira, decorados de forma elegante, acolhedora e tradicional.
Os salões e o jardim junto ao rio são o cenário ideal para celebrações inesquecíveis. Cada detalhe é cuidado e a melhor gastronomia é oferecida para que possa desfrutar plenamente de um lugar idílico. O Parador fica a dois quilómetros de Cangas de Onís e é um ponto de partida ideal para visitar o Parque Natural dos Picos da Europa, o Santuário de Covadonga e os lagos, e até as encantadoras cidades costeiras como Llanes ou Ribadesella.
O que comemos
Carne fumada acompanhada de maça, nozes e framboesas geladas; Croquetes de presunto ibérico (receita tradicional dos Paradores); Laminado de polvo com vinagrete de manga e cebolinha fresca.
Vinho Coria Guilfa Verdejo Negro Carrasqueira. Tarte tradicional de maça reineta com gelado de caramelo.