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Editorial
Será a desertificação do interior um fatalismo?
Durante a produção de conteúdos para a edição desta revista e noutras jornadas no dito “interior” temos deparado com situações graves de desertificação das povoações / regiões. Será um fatalismo?
As razões desta situação estão identificadas: Êxodo rural para as áreas urbanas em busca de melhores oportunidades de emprego que resulta num envelhecimento da população. Falta de emprego e oportunidades. Decréscimo da atividade agrícola. Políticas de desenvolvimento desequilibradas.
Tenho-me colocado a questão se a aposta num património único com base na Cultura, Natureza e na Gastronomia pode ser uma estratégia de afirmação e sobrevivência das regiões do interior. Penso que sim, a valorização do património cultural, de natureza e gastronómico do interior pode contribuir para o desenvolvimento dessas regiões, gerando empregos e estimulando a atividade empresarial local. Além disso, ao atrair turistas e visitantes, essas iniciativas podem ajudar a combater a desertificação e promover um desenvolvimento mais equilibrado em todo o país.
As Regiões de Turismo, as autarquias e associações da sociedade civil têm vindo a desenvolver um trabalho importante de mapeamento e identificação do património cultural, de natureza e gastronómico, de desenvolvimento de rotas e itinerários temáticos, de promoção e marketing, de capacitação e a qualificação dos profissionais e de parcerias com entidades locais, como associações culturais, restaurantes e produtores locais.
Uma estratégia certa numa corrida contra o tempo mas com a certeza que nada será como dantes!
Boa leitura e bons passeios.