O vinho “Procura”, produzido em Mora, foi considerado o 10º melhor vinho português, de acordo com a revista “Wine”, que promove o evento a “Essência do Vinho” e que reúne especialistas de todo o mundo.
A responsável é Susana Esteban, uma enóloga que, decidiu dar corpo ao seu sonho de produzir um vinho da sua total responsabilidade.
Outras duas publicações da especialidade não se fazem rogadas em sublinhar os atributos do «Procura». A Revista de Vinhos conferiu-lhe o prémio de excelência 2013. Entre mais de 2000 vinhos provados, sempre com provas cegas, obteve nota 18 numa escala de 0/20.
O Guia dos Vinhos de João Paulo Martins coloca o «Procura» entre os melhores vinhos nacionais entre mais de 3000 provas, alcançando o décimo segundo lugar.
Para responder a outras sensibilidades e paladares, em 2012 é lançado o «Aventura», tinto e branco, sem estágio em madeira. Tem um carácter mais atrevido, uma silhueta alegre e uma alma festiva sempre pronto a congregar um grupo de amigos que partilham afectos e emoções. Criar laços e amizades está no coração do «Aventura» e o seu lançamento foi igualmente um enorme sucesso.
Na última colheita, Susana Esteban produziu 23 000 garrafas que depressa se esgotaram. Pretende crescer nos próximos anos, sem pressas, de maneira controlada e sustentada até às 50 000 garrafas. «Não mais», afirma com decisão a enóloga da Galiza. A razão é que, para além desse patamar, torna-se mais complexa a tarefa de acompanhar todo o processo desde a qualidade das cepas e das uvas até ao produto final com o grau de exigência que se impõe a si mesma. À excepção da produção das uvas, tudo o mais é feito em Mora, numa discreta adega, lá para os lados da Quinta Seca, à saída de Mora para Coruche, a antiga estrada nacional.
Os vinhos «Procura» e «Aventura», tintos e brancos, estão já presentes em nove países e encontram-se praticamente esgotados. Neste momento está disponível na adega o «Aventura 2013». Lá para depois do Verão, surgirá o «Procura 2012».
A venda directa na adega poderá proporcionar uma aproximação personalizada do consumidor ao berço dos vinhos de Susana Esteban. Os locais de venda são muito seleccionados. Não são os grandes circuitos comerciais nem as grandes superfícies que condizem com o perfil dos seus vinhos. Em Mora, estão disponíveis no restaurante Afonso.
Susana Esteban nasceu em Tuy e formou-se em Engenharia Química em Santiago de Compostela, com especialização em Vitivinicultura e Enologia no grau de Mestrado em Rioja – Logroño.
A proximidade do Douro e a excelência dos seus vinhos, levou a que a jovem enóloga iniciasse a sua actividade com os néctares daquela afamada região. Como enóloga, desenvolveu o seu trabalho na Quinta do Couto da família Champallimaud e na Quinta do Crasto da família Roquette com óptimos desempenhos e promissores progressos.
Em 2007, desloca-se para Lisboa onde passa a residir após a sua união matrimonial com um ilustre morense. Por terras do Sul, inicia uma intensa actividade como consultora enóloga em várias adegas, nomeadamente, em Estremoz, Montargil e Monsaraz. Esta experiência leva-a a deitar por terra um preconceito que anteriormente alimentara. Afinal, os vinhos alentejanos não eram unicamente vinhos interessantes mas a pensar nas cotas de mercado.
Descobre que os vinhos alentejanos tinham enormes potenciais e uma personalidade muito vincada que desconhecia. A descoberta das potencialidades dos vinhos alentejanos levam Susana Esteban a compreender que chegara a hora de fazer um vinho seu, controlado desde a produção até ao consumidor.
Inicia um tempo de pesquisa por terras alentejanas à procura de concretizar o seu sonho. Sabe muito bem o que quer e não lhe basta arranjar uvas para fazer vinho. Desde 2009 até 2011, estuda os climas, procura as encostas mais adequadas, equilibra as castas de acordo com o seu conhecimento e maestria.
Aposta em cepas velhas que lhe garantem uma personalidade mais madura e um néctar mais plenificado. A sua opção recai num microclima na região de Portalegre que equilibra com castas de Évora e…estão lançadas as bases para o seu vinho. Chamar-se-á “Procura” materializando o intenso trabalho de pesquisa durante dois anos até começar a produzir o seu primeiro vinho. «Deus quer, o homem sonha, a obra nasce»!
Nasceu o vinho “Procura”, tinto e branco, como um sonho desta mulher da Galiza que encontrou no Alentejo e em Mora o espaço ideal para a realização dos seus anseios.
Os primeiros resultados não poderiam ser melhores. Com um estágio de 14 meses em cascos de carvalho francês e seis meses em garrafa, o precioso néctar mostrava o seu resplendor e textura. Depressa esgota e os prémios começam a surgir em várias frentes.