Abutre-preto continua a recuperar no Alentejo!

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Pelo segundo ano consecutivo nasceu uma cria de abutre-preto no Sul de Portugal.

Cria de Abutre preto. Fotografia: Pacheco

Em 2016, durante a presente época de reprodução do abutre-preto, voltaram a nidificar vários casais desta espécie no Alentejo, usufruindo dos ninhos artificiais instalados pelo projeto LIFE “Habitat Lince Abutre” na Herdade da Contenda, concelho de Moura. Tal como no ano passado, um desses casais incubou com sucesso um ovo, tendo nascido mais uma cria de abutre-preto, dando assim continuidade ao restabelecimento de um núcleo reprodutor desta ave no Sul de Portugal.

Na sequência da monitorização efectuada pela Liga para a Protecção Natureza (LPN) em colaboração com a Herdade da Contenda, Empresa Municipal (E. M.) dos quatro casais nidificantes de abutre-preto detectados no passado mês de Março naquela Herdade, no concelho de Moura, foi confirmado o nascimento de uma cria de abutre-preto, a segunda desde que em 2015 a espécie voltou a reproduzir-se no Alentejo, após mais de quarenta anos sem reprodução confirmada a sul do Rio Tejo em Portugal. Este é um resultado muito encorajador com vista ao desejado restabelecimento de um núcleo reprodutor desta ave na região, tendo sido possível, sobretudo, em consequência das medidas implementadas no âmbito do projeto LIFE “Habitat Lince Abutre”, coordenado pela LPN, e da indispensável colaboração da Herdade da Contenda, E. M., assim como da adequada gestão da área promovida por esta entidade.

De salientar ainda que, recentemente e na presença do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, esta cria de abutre-preto, atualmente com quase de 3 meses de idade, foi marcada com uma anilha PVC vermelha com código em branco (7K), o que permitirá posteriormente identificá-la quando deixar o ninho. Em resultado desse procedimento e mediante uma análise genética entretanto efetuada para determinar o seu sexo, foi possível confirmar tratar-se de um macho, que se encontra em perfeitas condições físicas e que se deverá ainda manter no ninho durante as próximas semanas, até que adquira a capacidade de voar. Fonte: LPN

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