Novo Inventário Temático “Os Castelos da Ordem do Templo em Portugal – Um percurso”

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No âmbito da atualização dos inventários da DGPC, nomeadamente do inventário do património arquitetónico do SIPA, procedeu-se, durante o ano de 2016, ao estudo dos castelos construídos pela Ordem do Templo e, consequentemente, à elaboração do inventário temático «Os Castelos da Ordem do Templo em Portugal – Um percurso».

Castelo de Almourol

Este inventário analisou a presença da ordem no território nacional desde 1128, até à sua extinção, em 1312, e o papel desempenhado no avanço da Reconquista para o Sul, na conquista, defesa e consolidação do território, através das suas construções.

Abrangeu o estudo de vinte e oito castelos, permitindo, assim, uma atualização das respetivas fichas, sendo que quatro já não existem e dois outros foram transformados em paços dos comendadores ainda na Idade Média, e de duas atalaias, como exemplos das muitas que existiam entre os castelos, formando verdadeiras linhas de defesa. Deste universo onze são classificados como Monumento Nacional, cinco como Imóvel de Interesse Público e um como Monumento de Interesse Público. Deste conjunto de fortificações, destacam-se doze castelos, devido às suas características arquitetónicas, os quais integram o presente inventário temático.

O aprofundamento do conhecimento nesta área permitiu desmistificar alguns aspetos, como a atribuição do título de “castelo templário” a algumas fortificações, como a de Monsanto, que, na verdade, conserva poucos vestígios da fase templária, resumida a menos de dez anos de ocupação efetiva; perceber as principais características introduzidas ou experimentadas pela ordem nas suas construções, resultante do contacto com as fortificações do Próximo Oriente, e que seriam progressivamente adaptadas e difundidas, na arquitetura militar, ao longo da Idade Média, como por exemplo o alambor, a torre de menagem e o cadafalso ou hurdício; bem como encontrar uma tipologia de castelo até agora não identificada em Portugal e que o antigo castelo da Bemposta, hoje tão descaracterizado, apresentava: o castelo “tipo mota”. Fonte: Direção-Geral do Património Cultural

O presente inventário, bem como um artigo de contextualização deste estudo, agora disponibilizados, podem ser consultados em www.monumentos.pt

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